Câncer de nasofaringe é o tumor maligno que acomete a porção superior da faringe, órgão aerodigestivo que se estende desde o fundo do nariz até a laringe e o esôfago.
Trata-se de um tipo raro de câncer de cabeça e pescoço, com incidência de menos de 1 caso para cada 100 mil pessoas por ano na maior parte do mundo. Em algumas regiões, no entanto, essa incidência é maior, como no sul da China e no sudeste asiático.
O risco de desenvolver câncer de nasofaringe aumenta à medida que a idade avança, mas pode ocorrer em pessoas de todas as faixas etárias. Nos EUA, cerca de metade dos pacientes com esse tipo de câncer tem menos de 55 anos. No Brasil, cerca de 835 novos casos são diagnosticados anualmente, o que corresponde a 0,14% do total de neoplasias.
Os carcinomas de nasofaringe podem ser classificados em três subtipos:
Tipo 1: carcinoma escamoso queratinizado (70-80% relacionados ao EBV);
Tipo 2: carcinoma diferenciado não-queratinizado (praticamente todos relacionados ao EBV);
Tipo 3: carcinoma indiferenciado não-queratinizado (o mais comum; praticamente todos relacionados ao EBV)
Quais são os sintomas do câncer de nasofaringe?
A maioria dos pacientes com câncer de nasofaringe se queixam de um nódulo ou massa no pescoço. Isto é causado pela disseminação da doença para os gânglios linfáticos da região, que aumenta o seu tamanho.
Outros sintomas possíveis do carcinoma de nasofaringe, são:
- Sensação constante de ouvido tampado, zumbido no ouvido ou perda de audição.
- Infecções de ouvido que não melhoram.
- Obstrução nasal.
- Hemorragia nasal.
- Dor de cabeça.
- Dor facial ou dormência.
- Dificuldade para abrir a boca.
- Visão embaçada ou dupla.
- Dificuldade para respirar ou falar.
Também pode existir outros tipos de câncer de nasofaringe como esses citados abaixo:
Linfomas: Às vezes se inicia na nasofaringe. São tumores de células do sistema imunológico denominados linfócitos, que são encontrados por todo o corpo, incluindo a nasofaringe.
Adenocarcinoma e carcinoma adenóide cístico: São tumores que se desenvolvem nas glândulas salivares menores, mas são mais comumente encontrados na cavidade nasal ou oral.
Quais são os tratamentos para o câncer de nasofaringe?
Os tratamentos mais comuns são a radioterapia e a quimioterapia e em alguns casos realiza-se a intervenção cirúrgica. O tumor é tratado dessa forma porque tumores na nasofaringe são muito difíceis de acesso para ressecção cirúrgica. Se o tumor for recorrente, é indicado fazer nova radioterapia ou, em situações específicas, pode ser tentada ressecção cirúrgica.
No entanto, como esta cirurgia é complexa, uma vez que normalmente envolve a remoção de parte da base do crânio, quando ela é necessária indica-se realizá-la pelo nariz utilizando-se um endoscópio. Em determinados casos, essa abordagem é tão eficaz quanto uma cirurgia mais invasiva e provoca menos complicações.
Como é feito o prognóstico do câncer de nasofaringe?
O diagnóstico do câncer de nasofaringe deve ser feito por médico especializado e experiente que desconfie do conjunto de sintomas do paciente.
O primeiro exame feito é clínico, com a visualização da nasofaringe por meio de um espelho especial ou um tubo flexível (endoscópio). No caso do endoscópio, ele é colocado através do nariz ou eventualmente da boca para que o médico possa ter uma boa visão da região.
Caso seja encontrado um tumor, uma amostra de seu tecido é retirada (biópsia) para análise do patologista, que confirmará ou não o diagnóstico.
O diagnóstico e tratamento precoce pode melhorar significativamente o prognóstico dos pacientes com câncer de nasofaringe. Cerca de 60% a 75% das pessoas com câncer em estágio inicial têm bom prognóstico.
Como a prevenção pode ser feita?
Não existe exame de rastreamento que possa ser feito.
A redução da exposição ao EBV seria por enquanto a única forma de prevenir o desenvolvimento da doença.
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